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Eu não sei o que fazer  com o tanto de dor que me abate  Se a vivo, parece que morro  Se guardo, em nenhum lugar cabe  Se o foco desvio Vejo sua sombra por toda parte Se tento transformar em arte  A potencializo ...  Desculpe, já não consigo  Eu me tornei ela se sem ela já não existo Para acabar com ela  Preciso acabar comigo
 Segunda feira, 29 de novembro de 2021, 23:35 da noite: Enquanto eu gastava um tempo rolando o feed no twitter me deparei com uma verdade ridícula de que deixar dinheiro parado é "queimar dinheiro". Sim, eu ouvi isso do Felipe Neto. Bateu uma sensação estranhíssima de que eu deveria ter feito algo completamente diferente esse ano, e num desespero patético, no penúltimo mês do ano, eu me vi assistindo 3 vídeos seguidos do canal da Nath Finanças. Realmente achei que poderia entender alguma coisa de finanças em 30 minutos... O que eu descobri é que o assunto é complexo, e eu definitivamente sou de humanas. Eu coloquei os vídeos dela na velocidade 1.5x, e tive total certeza de que meu cérebro estava ignorando vários termos. Me senti vendo um vídeo num idioma desconhecido. Parei, olhei pro teto do quarto e lembrei que não tenho dinheiro pra investir. Mal tenho um fundo de emergência! Na verdade eu já estava até marcando de tocar na rua com amigos do trabalho, já que mês que vem, e
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  Por esses dias eu devo receber um email, um email meu de algum tempo atrás, através daquela ferramenta de programar uma data de envio de mensagem e tal. Olha, eu não sei porquê ainda faço isso... Geralmente meu eu do passado não tem bons conselhos pro eu do presente, e apesar de escolher uma data aleatória eu geralmente não consigo abstrair o suficiente, e sou sempre um pouco dura demais com a pessoa que fui no passado. Demasiadamente crítica. Já cansei de apagar coisas que o Facebook me lembra que um dia postei, julgando a forma como pensava ou me expressava.   Há bem pouco tempo comecei a aprender a ser mais gentil com a pessoa do meu passado, respeitar mais o processo dela. Aqui mesmo, neste site, posso contar nos dedos os textos que ainda gosto quando leio. Para maioria eu torço o nariz, mas deixo aqui, porque são registros de mim. De alguém que sentiu de forma legítima tudo isso. Hoje me lembro do contexto de cada texto, das razões por trás de cada um, e das sensações que por ve
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  Escolho voltar aqui hoje pra falar com/de você porque pra mim faz sentido, reativar isso aqui com o tema que me motivou a criá-lo. Que saudade de você… Na verdade eu não sei bem se é de você ou de como fazia eu me sentir. Bem possível que sejam saudades diferentes: a da sensação, que é como um vício de quem necessita se sentir um pouco mais vivo - Amar é uma droga - e a saudade da pessoa, que acompanha um desejo de retorno para a normalidade - àquilo que conhecia como normal.  Há quase um ano não te vejo, sinto falta de te acompanhar em um café e da expectativa por um abraço - onde mais uma vez as saudades se misturam. Ainda te quero te bem. Sinto quase como um poder ou como uma prece (daquelas sinceras que costumava fazer) quando penso e desejo aqui dentro um mundo de coisas boas pra você. E isso provavelmente não vai mudar.  Ainda não sei ao certo o que você me causa hoje, mas isso já é sintoma, é outra coisa… E a verdade é que sou bastante apegada às sensações, e toda vez que nos
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Gotas Eu odeio a sensação. Odeio pensar que outro ser humano, tão cheio de falhas quanto eu, possa me tirar o chão Rasteira? Não gosto desse gosto amargo já conhecido de mim. Do estômago que se contorce, quase pondo pra fora o café que hoje mais cedo com tanto gosto bebi. Da falta de concentração que me toma, e me leva de qualquer pensamento, de volta pra ti. Um som Uma imagem Uma piada sem graça. Não gosto dessas forças opostas em mim. O desesperado anseio de te ver e a igualmente desesperada vontade de não te encontrar nunca mais. O corpo que te deseja é o mesmo que se retrai em dor ao lembrar... Exagerado? Mais gotas. Golpe no estômago. Peso do peito Mente turva Submerso Queria te expulsar de mim. Por eu me pertencer e não querer ceder a ninguém mais o lugar. Ai de mim que sou fogo Quem dera um dia dormir e não acordar, e encontrar paz no esquecimento O vazio é ameno Calmo Mas a agonia, que agora é outra, me traz de volta. Acho que não fui feita p
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Escrevo pra ninguém E para qualquer um. A verdade é que eu não consigo dormir. Há uns dois dias, talvez. Você já passou por momentos em que sua cabeça gira em busca de soluções, mas nada encontra de eficaz? Claro que sim! A cabeça, temerosa, antecipa o que haveria de pior. Estou a espera de uma má notícia, e não tem rima nem verso que poderia me consolar. Há alguns dias que deito a cabeça no travesseiro e a mente me acusa. Me acusa sobre a fraqueza que me habita. Me acusa a insuficiência. Quase sou capaz de ouvir as vozes de desaprovação: "Você não é boa o suficiente" "Não é bela o suficiente" "Não é magra o suficiente" "Não é inteligente o suficiente" "Não é interessante o suficiente" "Não é segura o suficiente" Há uma voz, porém, que sufoca quase todas. Não por ser mais sensata, mas por ser pior que todas. É um tipo de tapa de realidade que mostra que nada sobre você importa. Perigo iminente. Es
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-Oi... Saudades -Oi... Saud -Oi... S -Oi - Não diga, menina! Não se exponha! Afoga a cabeça na fronha E grite pra si - só pra si - sobre o tanto de flor que nasce aí Diga. Não diga. Faça assim Este é o certo Você é nova na cidade? Por acaso não sabe? Nem todos sabem lidar com a intensidade E olha você, tempesta com tanta suavidade Não funciona assim... Nunca te disseram? Shiu!          Cala!                   Engole!                                Sufoca!                                               Não sinta! Ou então finja,                        minta! Ah, menina... você não conhece essa dança? Pois então aprenda! Coloca essa máscara de renda E venha dançar... Ei, coloca também isso aqui! Olha que linda! Mostre que sabe sorrir! Mas não mostre esse rosto, diga sempre o oposto Não lhes dê a chance de virem te ferir... Ninguém sabe de onde ela veio Ah, menina estranha... Transborda, se mostra e se deixa tocar Abraça, entrelaça, e se

Para um novo tempo

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Que seu ano seja leve como o seu sorriso. E que você sorria muito! Inteira e sinceramente. Sorria com a alma! Que se vá para longe de você, todo sentimento, pessoas e coisas que em nada te acrescentam e nem te fazem bem. E que bons laços, e verdadeiras amizades se fortaleçam. Desejo que você abrace mais e seja correspondido. Que abaixe a guarda e sinta. E que ninguém se aproveite disso para te machucar. Mas caso o façam, que você se reconstrua sem perder sua essência. Resiliência é algo muito importante de se ter.  Mantenha sua originalidade, e seja cada vez mais você. Desejo que quebre a rotina, mas que cuide melhor da sua saúde. Faça mais piadas bobas, com rimas bestas. Ria de coisas idiotas em boa companhia. E que você repense suas convicções e se questione, mesmo que no fim nenhuma ideia mude. Faz bem se questionar... Evita a prepotência e a soberba. Nunca sabemos de tudo, afinal. Que sua genialidade nunca sufoque o incrível ser humano que sei que és. Desejo que você co

365 em 2017

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Retrospectiva - mais em mente que em palavras - 365 dias Trezentos e sessenta e cinco fucking dias! O ano começou com um fim. Um ponto final. Doloroso, é verdade, mas uma parte significativa de mim já se orgulhava pela decisão. Foi um ano de crise, e nem me refiro à financeira. Ano de referenciais desmoronados. Tempo de questionamentos muitos. De muitos choros, de sentimentos confusos. Um ano que descobri um pouco mais do que gostaria de um Ted Mosby em mim. E daquele sentimento trouxa que sempre volta. E de viagens, de reencontros. Ano que amizades foram provadas, e umas se mostraram essenciais, outras foram ocupar outras posições. Me chamem de fria, e calculista se quiserem, mas não tenho pudor sobre isso. Fim e mudanças são realidades bem aceitas em mim. Um ano de pequenas loucuras e ousadias. De experimentações e descobertas. Tempo de aceitação. Já falei que foi tempo de choro? Já? Não custa enfatizar: chorei, e sofri muitas bad's . Acredite, eu posso dar uma boa a

Leia só se estiver bêbado

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Jorrando amor por todo lado Falar de amor E amar o amor que julgo errado Espalhar por ser, exceto por ter sido Quem disse sem porquê O que julgava adormecido E gozar do privilégio de Jorrar palavras sem sentido Em vão Colorir rabiscos Embriagado de amor e de outras coisas Permitir-me dizer nada com nada E jogar o corpo cansado Na cama de teus braços Fictícios E em sonhos mergulhar em tua alma E poder ser o que em estado sóbrio não me permito Dizer-te ao pé do ouvido Que é todo teu o amor que sinto E deixar arrebentar as pregas Aquilo que já não cabe em mim Todo ardor que tu nem sentes Nesse coração que a ti pertence Tu, que sabido, de nada sabes Sobre a pele que a ti reage Só em cogitar o teu toque Ah, quem dera eu tivesse a sorte De derreter-me, então, em tuas mãos. Contorcendo o corpo na cama vazia Me cobrindo desta poesia Pra te encontrar onde sempre te guardo No tolo coração Antes que traga em seu calor, a realidade fria E a ressaca do dia Finq